Destino exibe suas raízes em patrimônios históricos e monumentos fascinantes. // Famoso por ser um dos mais belos do mundo, o Arquipélago da Madeira é rep...
Um passeio imperdível pela Suíça com o Grand Train Tour
Lan Lanh sobe aos palcos do Teatro Glaucio Gill, no Rio de Janeiro, para apresentar o show "Batuque da Lan Lanh" nos dias 2, 3, 4, 5, 9, 10, 11 e 12 de junho. ...
Biografia Maestro! conta em detalhes a trajetória e a volta por cima de João Carlos Martins
Aos fãs de Rubem Alves, coletânea de crônicas - A Fisgada da Saudade -celebra obra do autor-educador amante da vida.
O lançamento é da Editora Nova Cultura.
Exposição no Instituto Moreira Salles, apresenta ao público 40 carrancas de coleções públicas e particulares e 42 fotografias de Marcel Gautherot pertencentes ao acervo do IMS, além de pequenas esculturas, um modelo de barco e documentos diversos.
Entre os destaques da mostra, está a figura de proa da lendária barca Minas Gerais, a maior embarcação que já navegou o São Francisco, esculpida por Afrânio – primeiro escultor de carrancas conhecido, ainda no fim do século XIX. Por ocasião da abertura, às 17h teremos uma visita guiada com o curador Lorenzo Mammì.
Tradição de monstros
O curador Lorenzo Mammì lembra a origem destas criações, apresentando Guarany, o mais talentoso escultor, e o fotógrafo Marcel Gautherot, responsável pela divulgação e popularização destes monstros tão brasileiros.
“Desde o início, as carrancas eram conhecidas pelos traços grotescos, que se tornaram uma característica recorrente do gênero. No entanto, muitas das mais antigas são bastante realistas.
É o caso de uma série de cabeças de leão, de contornos quase clássicos, e da maioria dos cavalinhos, usados geralmente em embarcações menores”, explica Lorenzo Mammì, curador da exposição.
Também faz parte da exposição a figura esculpida para a barca Americana por Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany (1882-1985), o escultor de carrancas mais conhecido e respeitado do país.
Ele começou a entalhar carrancas em 1905, e essa foi a terceira que fez, finalizada em 1907. Outras carrancas esculpidas por ele compõem a exposição, incluindo seis ‘não navegadas’, ou seja, produzidas por encomenda de colecionadores, entre as décadas de 1950 e 1960.
As fotos de Gautherot, publicadas nas revistas O Cruzeiro (1947), Sombra (1951) e Módulo (1955) e no livro Brésil (1950), chamaram a atenção na época do público e de pesquisadores, pela qualidade estética das peças e por não haver nada parecido em outros lugares do mundo.
A publicação dessas imagens e a consequente descoberta das carrancas inaugurou uma nova fase na avaliação e até na criação de arte popular no Brasil. Para Lorenzo Mammì, “abordar hoje esse assunto nos cobra o desenvolvimento de novos instrumentos críticos para a avaliação desse tipo de produção”.
Acompanha a mostra um livro editado pelo Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro, pela Editora Martins Fontes e pelo Instituto Moreira Salles, amplamente ilustrado com imagens das carrancas e com a série fotográfica de Marcel Gautherot, além de registros de Hans Gunter Flieg, Pierre Verger e do pesquisador Paulo Pardal.
A publicação inclui ainda ensaios do curador e de Samuel Titan Jr., coordenador executivo cultural do IMS.
A viagem das carrancas é uma realização do Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro e correalização do Instituto Moreira Salles e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, por onde a mostra passou antes de chegar ao Rio de Janeiro.
A viagem das carrancas
Curadoria: Lorenzo Mammì
Visitação: 6 de dezembro de 2015 a 20 de março de 2016.
De terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h.
Instituto Moreira Salles - Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
CEP 22451-040 - Rio de Janeiro/RJ
(21) 3284-7400
Horário de visitação: de terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h.