Instituto da Cultura Árabe - ICArabe
por Ana Paula Rogers
A 10ª Mostra Mundo Árabe de Cinema celebra o diálogo do cinema com outras artes, como a literatura, a música e o teatro, na construção da crítica política de nosso tempo
A edição 2015 conta com filmes como o marroquino “Sotto Voce”, produção de abertura, e uma homenagem ao escritor Raduan Nassar, com a exibição de “Lavoura Arcaica” e a participação de Milton Hatoum. Em 2015, o escritor faz 80 anos e o livro homônimo completa 40, desde seu lançamento.
Esta será a maior edição da Mostra, com mais de 30 filmes em cerca de 100 exibições e diversos convidados nacionais e internacionais. A Sessão “Cinema Palestino” passa a integrar a Mostra permanentemente. Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória recebem a programação.
O diálogo do cinema com outras artes, como a literatura, a música e o teatro na construção da crítica política de nosso tempo será o fio condutor da 10ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, que começa em 12 de agosto em São Paulo, realizada pelo Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), em parceria com o CineSesc-SP, o Sesc-Espírito Santo, o Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo, o Centro Cultural Banco do Brasil – Belo Horizonte, o Centro Cultural São Paulo e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
Esta edição será a maior já realizada, com uma programação de mais de 30 filmes e diversas atividades abertas ao público, como debates com convidados nacionais e internacionais e encontros musicais em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória (veja a programação abaixo).
Um dos destaques da Mostra, na sessão Panorama Árabe, é a produção marroquina inédita no Brasil “Sotto Voce”, do diretor marroquino Kamal Kamal. A exibição de abertura terá um debate com o cientista social e professor da PUC-SP Miguel Chaia.
“Sotto Voce” lida com os sentimentos e os sentidos dentro de uma realidade complexa, um retrato simbólico de uma região que passa por um momento de impasse e de extrema violência política. Por meio de uma sensibilidade aguda, transitando entre o subjetivo e o político, os projetos são colocados em xeque. O filme é a jornada de uma região por suas complexidades.
Também inédito, “Theeb” (Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Reino Unido), com direção de Abu Nowar, é a nova leitura de uma época longínqua, quando os otomanos governavam a região e os britânicos começavam a entrar como os novos dominadores.
Através da jornada de um menino que enxerga uma nova paisagem, este filme jordaniano mostra o conhecido modificado pela locomotiva, no momento da abertura da região árabe para o que viria a ser sua tragédia contemporânea. O filme participou do Festival Internacional de Cinema de Dubai em 2014 e foi vencedor do Grande Prêmio do Tangiers National Film Festival.
Outro destaque é “Água prateada, um autorretrato da Síria”, que aborda o poder das imagens instantâneas na era do youtube, num cenário em que, diariamente, youtubers filmam e então morrem; outros matam e então filmam. Uma questão permeia a narrativa: “se a sua câmera estivesse em Homs, o que você estaria filmando?".
E pela primeira vez na história da Mostra, duas produções do Iêmen integram a programação com destaque: “Karama não tem muros”, que concorreu ao Oscar no ano passado na categoria Curta Documentário, e “A casa das amoreiras”, ambos da diretora Sara Ishaq.
O documentário retrata as revoltas populares naquele país a partir das vidas de dois pais de família em meio à repressão violenta aos protestos de 18 de março de 2011, quando atiradores pró-governo assassinaram brutalmente 53 pessoas e deixaram milhares feridos.
A literatura, em sua relação com o cinema, estará presente na sessão “Cinema e Literatura”, com homenagem ao escritor Raduan Nassar, com a exibição de “Lavoura Arcaica”, acompanhada de debate com participação do escritor Milton Hatoum.
Na sessão “Cinema e Música”, um das produções de mais relevância é o filme de 1969, “Festival Pan-Africano de Argel”, que mostra o primeiro festival, um evento colossal que espalhou uma sensação de euforia, exuberância, festividade e esperança por uma África livre e fraterna. A Mostra traz este ano Brahim El Mazned, um dos maiores produtores musicais dos países árabes.
A Sessão Cinema Palestino, que trouxe na última edição o filme “Omar”, indicado ao Oscar de Melhor filme estrangeiro em 2014, Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Cannes em 2013 e Melhor Filme no Festival Internacional de Dubai em 2013, passa este ano a ser parte oficial da Mostra.
Com uma produção cinematográfica cada vez mais intensa, a Palestina tem mostrado ao mundo a força de seu cinema na reflexão das questões sociais, políticas e culturais da região e na luta por sua autonomia. A Mostra, dessa forma, faz questão de reforçar o seu papel de contar essas histórias de resistência e de luta contra o desaparecimento.
10 anos de cinema árabe no Brasil
Consolidada no calendário cultural de São Paulo e referência como evento cinematográfico, a Mostra Mundo Árabe de Cinema consagra-se em 2015 como evento internacional, aproximando o público da produção cinematográfica do mundo árabe e de outros países que abordam a temática árabe, como produções europeias e latinas.
A Mostra vem, ano a ano, contribuindo para dialogar com a sociedade brasileira e mostrar uma parte considerável da cultura árabe para esse público. “Não só a cultura árabe do passado, mas a cultura árabe do presente, que é muito viva. Mostrar as questões sociais, sociológicas, antropológicas, porque cultura é isso. Cultura não é uma coisa estática. É algo muito dinâmico”, ressalta sua idealizadora, Soraya Smaili.
Para o curador e diretor da Mostra, Geraldo Adriano Godoy de Campos, os filmes apresentados desestabilizam referenciais que muitas pessoas têm como certos, como por exemplo, a dicotomia entre Oriente e Ocidente. “Neste percurso, a Mostra permite uma permanente interação entre componentes estéticos e políticos. Políticos em vários sentidos. Primeiramente, em um sentido da aproximação com questões geopolíticas e econômicas do Mundo Árabe e do Oriente Médio. Mas é também política a constatação de que as questões que a Mostra reflete falam também sobre nós.”
A programação completa da 10ª Mostra Mundo Árabe de Cinema está no site www.icarabe.org.br e será divulgada em breve também no site da Mostra, que trará uma novidade: o público poderá fazer sua própria agenda de horários de filmes para acompanhar a programação da Mostra Árabe, através de um cadastro no próprio site.
CURADORES
Geraldo Adriano Campos (diretor e curador da Mostra Mundo Árabe de Cinema)
Professor do curso de Relações Internacionais da ESPM. Graduado em Relações Internacionais e Mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP e Doutorando em Filosofia pela USP (FFLCH). Curador Musical da Biblioteca Mário de Andrade e produtor musical. Foi Diretor Cultural do Instituto da Cultura Árabe de 2013 a 2015. Curador e organizador de diversas Mostras e Ciclos de Cinema no Brasil, com especialidade em cinema dos países árabes. Presidente do Júri do Festival
Soraya S. Smaili (idealizadora da Mostra)
Reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Graduada pela USP, fez mestrado e doutorado pela Unifesp, na Escola Paulista de Medicina, e pós-doutorado na Thomas Jefferson University e no National Institutes of Health, EUA. Foi também secretária Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto à qualatuou em várias atividades científicas e culturais. Participou da fundação do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), tendo sido a primeira presidente. Ali, desde 2005, organizou e realizou a curadoria das Mostras de cinema do ICArabe.
CONVIDADOS
Alaa Karkouti (Egito)
Jornalista e crítico de cinema, nasceu na Síria e atualmente mora no Egito. É uma das referências na indústria cinematográfica do mundo árabe. É editor-chefe do Good News Cinema Magazine, uma das maiores revistas de cinema no mundo árabe, além de escrever para revistas internacionais como a Variety, Forbes Oriente Médio e Screen International. É fundador da MAD Solution, um dos primeiros estúdios independentes de cinema e de consultoria voltado para o mundo árabe.
Amin. Hussain (Palestina/EUA – por skype)
Palestino-americano, é advogado, artista visual e ativista baseado em Nova York. Em 2011, ele deixou um emprego de advogado em uma grande companhia para se tornar um dos membros de destaque do movimento Occupy Wall Street. Agora, ele tem um projeto de filme na Palestina com outros ativistas dos EUA, no qual o ICArabe é parceiro.
Brahim el Mazned (Marrocos)
É uma referência internacional no cenário musical árabe, de produção e organização de encontros e festivais artísticos. Atualmente é diretor artístico do Timitar Festival (Agadir, Marrocos), dedicado à cultura amazigh (berbere). É também um dos idealizadores do Visa For Music Festival no Marrocos, que busca dar visibilidade aos artistas da África e do Oriente Médio no âmbito internacional, regional e nacional.
Maher Diab (Egito)
É ilustrador, fotógrafo e artista visual. Trabalhou como o principal designer na revista Arab World Good News Cinema, representando-a em festivais internacionais. É co-fundador da MAD Solutions.
Nirah Elyza Shirazipour
É antropóloga cultural, ativista política e uma cineasta. Ela é co-fundadora da Eyes Infinite Films, uma organização sem fins lucrativos que promove filmes experimentais na relação da arte com a mudança a social. Em 2011, ela mudou-se para o Brasil, em Alto Paraíso.
Fernando Kinas
Diretor e pesquisador teatral, e cineasta. Um dos fundadores da Kiwi Companhia de Teatro, dirige diversas peças teatrais, entre as quais: "O Muro de Berlim Nunca Existiu", texto de Luis Vidal Giorgi (2003); "Fragmento B", com textos de Samuel Beckett e Edward Bond (2001); "Tudo o que Você Sabe Está Eerrado", em que mistura diversos autores, como Descartes, Augusto dos Anjos, Büchner e Shakespeare (2000); "R" (1997); "Um Artista da Fome", baseado no conto homônimo de Franz Kafka (1998); "Carta Aberta" (1998), a partir do texto de Dennis Guénoun; "Valsa Número Seis", de Nelson Rodrigues (1996).
José Arbex Jr.
Jornalista, foi repórter e editor da Folha de S. Paulo. Escreve em diversas revistas e jornais, como Caros Amigos. Doutor em História pela USP, é professor de Jornalismo da PUC-SP. Autor de diversos livros, como "Esperança e paz na Palestina" e "Showrnalismo".
Márcia Dib
Bailarina, coreógrafa e professora de dança árabe. Diretora do Mabruk! Companhia de Danças Folclóricas Árabes. Mestre em Cultura Árabe pela FFLCH- USP. É professora no clube Sírio em São Paulo. Autora de “Música árabe - expressividade e sutileza”.
Miguel Chaia
Cientista Social, atualmente é professor da Faculdade de Ciências Sociais e pesquisador do Núcleo de Arte, Mídia e Política da pós-graduação em Ciências Sociais da PUC-SP. É também editor da revista São Paulo em Perspectiva e da Fundação Seade e diretor da Educ (Editora da PUC-SP). Atua como curador do Instituto Thomie Othake e como conselheiro da Fundação Bienal.
Milton Hatoum
É escritor e professor brasileiro. Descendente de libaneses, consagrou-se como escritor com as publicações de “Relato de um certo oriente” (1989) e “Dois irmãos” (2000). Nesses romances, conseguiu traçar sua própria voz com a construção literária assentada em suas memórias familiares. Este estilo se consolida em seu terceiro romance, Cinzas do Norte (2005), no qual expôs uma visão íntima de toda aquela geração brasileira que viveu sob a ditadura nos anos setenta. Ainda escreveu Órfãos do Eldorado (2008) e A Cidade Ilhada (2009).
Paulo Sérgio Pinheiro
É um diplomata e acadêmico brasileiro, professor no Watson Institute da Brown University, em Providence, EUA. Na Organização das Nações Unidas, exerceu o cargo de relator especial para a situação dos direitos humanos de Myanmar e, em 2011, foi nomeado Coordenador da Comissão Internacional de Inquérito para a Síria. Em 2012, foi escolhido como um dos sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, que apresentou um relatório com a narrativa e as conclusões sobre os crimes cometidos durante a Ditadura Militar.
ATIVIDADES PARALELAS
Este ano, literatura, música e teatro dialogarão com o cinema, não apenas nas telas, mas também nos encontros e bate-papos que integrarão a Mostra. Além disso, por nossa vontade em compreender as realidades atuais dos países árabes, representadas nas produções desta edição, faremos debates sobre política e sociedade da região, do Líbano e da Síria ao Iêmen, do Marrocos à Palestina.
Sessão de Abertura
CineSesc, São Paulo
12 de agosto, quarta, 19h
Exibição especial de “Sotto Voce”
Sessão “Cinema e Literatura”
CineSesc, São Paulo
14 de agosto, sexta, 20h50
Homenagem a Raduan Nassar, com a exibição de “Lavoura Arcaica”, às 17h, seguida de conversa com o escritor Milton Hatoum
Mesa de Debate: As Dinâmicas da Produção Artística Contemporânea no Mundo Árabe
CCBB-SP, São Paulo
15 de agosto, sábado, 19h
Mesa com Alaa Karkouti, crítico de cinema, e Brahim Mazned
Festa de abertura da 10a Mostra Árabe de Cinema: “Sons brasileiro-árabes”
Centro Cultural Rio Verde, São Paulo
15 de agosto, sábado, 23h (abertura da casa)
A Mostra dá uma festa para comemorar sua edição de 2015 e os dez anos que completa. As bandas serão: Orkestra Bandida, formada por músicos pesquisadores da música oriental de influência árabe, com instrumentos exploram a linguagem musical dos "maqams"; Yaqin Ensemble, que trabalha a música étnica e oriental, fundindo tradições musicais onde passado e presente se encontram; e Mutrib, uma "gipsy band" voltada para o repertório dos Bálcãs e do Mediterrâneo Oriental.
O conflito na Síria – realidade e representações
CCBB-SP, São Paulo
17 de agosto, segunda, 19h
Bate papo com o diplomata Paulo Sérgio Pinheiro e o jornalista José Arbex Jr. após a exibição do filme “Água Prateada: um autorretrato da Síria”
Reflexão sobre a “Música árabe clássica e contemporânea”
Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo
18 de agosto, terça, 20h40
Após a exibição de “Maqams, Melodias de Alepo”, a aula-show “Maqams e a estrutura melódica da música árabe”, um encontro musical com o especialista musical Brahim El Mazned, o músico Cláudio Kairouz (qanoun) e Márcia Dib. Será uma passagem da música árabe tradicional para a contemporânea.
Abertura no Rio de Janeiro: Representações, Fronteira e Território
CCBB-RJ, Rio de Janeiro
19 de agosto, quarta, 19 h
Na abertura da Mostra no Rio de Janeiro, o jornalista e documentarista Arturo Hartmann fala sobre a atualidade da questão palestina e suas representações, após sessão conjunta dos filmes “Área Livre” e “A ira da tartaruga”
Encontro “Cinema da Vela: Arte, Política e Tragédia”
CineSesc, São Paulo
19 de agosto, quarta, 19h30
A partir de uma leitura do filme Sotto Voce, a atividade propõe um bate-papo com o público sobre as interações entre arte e política, a partir de suas dimensões trágicas, tomando como ponto de partida a análise de Miguel Chaia
Abertura em Vitória
Sesc-ES, Vitória
25 de agosto, terça, xh
Abertura com exibição de “Sotto Voce”, acompanhado de coquetel. Em seguida, haverá apresentação musical latinoárabe com Cláudio Qairouz (qanoun), o tunisiano Raouf Jemni (qanoun) e Júnior Pita (violão de sete cordas). Com repertório montado originalmente para a Mostra Mundo Árabe de Cinema. Presença de Nirah Elyza Shirazipour
Bate-papo com Nirah Shirazipour
Sesc-ES, Vitória
26 de agosto, quarta, 19h30
A diretora e ativista conversa com o público após a exibição de seu filme Marte ao Amanhecer
Bate-papo com Nirah Shirazipour
CCBB-BH, Belo Horizonte
28 de agosto, sexta, 19h30
A diretora e ativista conversa com o público após a exibição de seu filme Marte ao Amanhecer
“A responsabilidade do cinema sobre o retrato da questão palestina”
Matilha Cultural, São Paulo
29 de agosto, terça, 20h20
O ativista e cineasta palestino-americano Amin Hussain tem uma conversa com o público por Skype, após a exibição de “Área Livre | A ira da tartaruga”
Bate-papo “Mostra Mundo Árabe de Cinema e seus dez anos” Edward Said
CCSP
2 de setembro, às 20h30
Debate “Imigração árabe e suas formas de expressão”
Museu da Imigração, São Paulo
5 de setembro, sábado, 16h
Debate com Silvia Antibas e Heloísa Dib após a exibição o filmes Xenos e A Escola de Babel
Encerramento
CCSP-SP
8 de setembro
Com a exibição de “Marte ao amanhecer” e Intervenção cênica "Três Metro quadrados" da cia. Kiwi + debate Fernando Kinas, “estética e resistência política"
Festa de encerramento
Jongo Reverendo
12 de setembro, 23h
de 9 a 20 de setembro
“Memória e Território” (*durante a repescagem da Mostra)
Galeria Olido, São Paulo
10 de setembro, quinta,
Um bate-papo com a pesquisadora Cecilia Baeza e o jornalista Arturo Hartmann sobre a questão palestina e a região do Oriente Médio que não vemos, após a exibição de “Área Livre” e “A ira da tartaruga”
Sessão de Curta da 25
Museu da Imigração, São Paulo
15 de setembro, sábado, 10h
Exibição do vencedor do Concurso de Cinema “Os Árabes e a 25 de março”, “Arabesco: do mascate ao doutor”, e de outros destaques do projeto - seguido de bate papo com diretores dos filmes
Serviço:
10ª Mostra Mundo Árabe de Cinema
De 12 de agosto a 12 de setembro de 2015, em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória
Abertura dia 12 de agosto, no Cinesesc-SP
Realizadores: Instituto da Cultura Árabe, CineSesc, Sesc-ES, Centro Cultural Banco do Brasil-SP, Centro Cultural Banco do Brasil-BH e Prefeitura da Cidade de São Paulo
Correalização: Biblioteca Mário de Andrade e Centro Cultural São Paulo
Copatrocínio: Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
Apoio Cultural: Cinemateca da Embaixada da França e MC Distribution
Apoio Institucional: MAD Solutions
www.icarabe.org
Mostra nas cidades:
São Paulo: 12/08/2015 à 12/09/2015
Rio de Janeiro: 19/08/2015 à 24/08/2015
Vitória: 25/08/2015 à 30/08/2015
Belo Horizonte: 20/08/2015 à 30/08/2015
Veja a programação completa, sinopses, trailers dos filmes e serviços dos espaços culturais em http://www.icarabe.org/noticias/10a-mostra-mundo-arabe-de-cinema-estreia-em-sao-paulo-no-dia-12